Dizia ele que o que acontece nas olimpíadas é bem ilustrativo.
Há quem vá nesses lugares somente pra se exibir, mostrar o quanto é forte, belo ou que tem algum tipo de poder. E o que quer esse tipo de pessoa? Nada mais que aparecer e ser visto, admirado, aplaudido. Pra quê? Pra ser imitado, seguido, considerado único. Likes e curtidas tem um peso inestimável pra cada uma delas.
Há outras que vão pra esses lugares públicos com o objetivo de fazer negócios. Vender e comprar é tudo que lhes interessa. Não estão nem aí pra quem vai se exibir. Querem vender e comprar bugigangas, faturar, encher os bolsos e... alimentar os bancos.
Outras – bem poucas – pra lá se dirigem movidas por outro interesse: observar o comportamento das pessoas, tanto das que buscam aplausos quanto das que buscam dinheiro. Observar e tecer considerações sobre os modos como os competidores e os comerciantes se tratam e lidam com os outros é o que lhes chama a atenção.
Pitágoras dizia que essas raras pessoas são filósof@s. Não estão ali pra mostrar habilidades e vencer qualquer tipo de disputa ou pra negociar objetos e ideias. Não lhes interessa ganhar ou perder ou se encher de badulaque. Competir e comerciar não são verbos que a filosofia conjuga.
Quem faz filosofia se ocupa em buscar compreender os pensamentos e os atos humanos. Em ver e atribuir sentido ao que fazemos conosco mesmos e com os outros. Fazer filosofia é evitar cair nas malhas dos pré-conceitos, o que, de fato, é o que mais abjeto o ser humano é capaz.
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