“Só temos consciência do belo
Quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom
Quando conhecemos o mau
Porquanto o Ser e o Existir
Se engendram mutuamente
O fácil e o difícil se completam
O grande e o pequeno são complementares
O alto e o baixo formam um todo
O som e o silêncio formam a harmonia
O passado e o futuro geram o tempo (...)”
[Tao Te Ching]
Esta ideia se repete em muitas outras culturas mundo afora. Para os chineses, tem a ver com o conceito de energia. O símbolo [junção de múltiplos pedacinhos] é Yin e Yang.
Yin tem a ver com o lado escuro da montanha e Yang, o lado iluminado da montanha. É o mesmo que sol e lua, figura e fundo, positivo e negativo. De um lado, o ativo, dinâmico e masculino. De outro, o passivo, estático e feminino. Dois lados da mesma moeda. Opostos que se complementam: um não existe sem o outro.
A polaridade se manifesta em tudo. Um polo contém o outro e também é contido pelo e no outro. Ora um, ora outro se sobressai, mas somente por um tempo. O que aparece é a dança dos contrários: lentamente um cresce até a destruição do outro, ao mesmo tempo em que o outro vai se transformando no um.
O que, de fato, os caracteriza é o movimento. Jamais estão estagnados!
Yin e Yang são opostos, mas não competem entre si. Não são confundem com bem e mal, como quer o maniqueísmo, que atribui valores ao que se opõe: ‘isto é do bem e aquilo é do mal’… O que interessa é o possível equilíbrio [bom] ou desequilíbrio [mau] entre eles.
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